Os pontos cardeais de boas perguntas:

Os pontos cardeais de boas perguntas:

sua bússola para projetos mais engajadores

Fazer provocações por meio de perguntas sempre foi uma tônica nossa aqui no Thomas Maker. Aliás, usar perguntas para provocar o pensamento investigativo já virou quase uma marca registrada nossa, e quem nos acompanha sabe: somos apaixonados pelas Rotinas de Pensamento do Project Zero.

Pois é… Falar sobre isso pode até parecer “chover no molhado”, mas ler o artigo da querida Verônica Santos [Instituto Escolas Criativas], “O poder das boas perguntas: investigação, pensamento crítico, criativo e o P da Paixão”, nos fez parar para pensar [mais uma vez!] na razão de vermos tanta beleza em uma boa pergunta - e por que, ao mesmo tempo, tantos professores ainda sentem dificuldades nisso.

Você já viveu aquele momento em que uma simples pergunta muda o clima da sala? Os olhos brilham, as ideias começam a surgir e, de repente, todo mundo quer participar? Essa virada de chave pode acontecer em qualquer aula - seja num projeto mão na massa [PBL, maker, Aprendizagem Criativa], numa roda de conversa, numa investigação científica ou numa proposta baseada em jogos. Quando a gente acerta na pergunta, o engajamento muda de nível.

Mais do que uma frase para “abrir os trabalhos” ou “ativar uma sequência pedagógica”, uma boa pergunta pode ser o ponto de partida de uma verdadeira aventura de descoberta. E vale lembrar: uma boa pergunta não entrega respostas prontas - muitas vezes, leva a outra pergunta em vez de uma resposta, mas com certeza carrega um convite irrecusável: o de mergulhar num processo que desperta curiosidade, pensamento investigativo genuíno e vontade de descobrir e criar.

É isso que Ron Ritchhart e David Perkins chamam de tornar o pensamento visível, no livro “The Power of Making Thinking Visible”. Quando fazemos perguntas que não se limitam ao “certo ou errado”, “sim ou não”, mas que ampliam possibilidades, provocam a construção de sentido e incentivam os alunos a justificar suas ideias, abrimos espaço para que o pensamento apareça, se desenvolva e ganhe profundidade. Uma boa pergunta ativa o pensamento crítico, estimula conexões criativas e transforma a sala de aula em uma verdadeira cultura de investigação.

Ela acende a faísca do engajamento, dá sentido à jornada e convida cada estudante a colocar algo de si no seu percurso de aprendiz. Quando bem formulada, uma pergunta norteadora intencional funciona como uma bússola: aponta uma direção, mas deixa espaço para caminhos múltiplos e cheios de possibilidades.

E como Verônica bem diz em seu artigo, para alcançarmos todos esses benefícios “é preciso investir em perguntas bem feitas, que ultrapassem as sondagens de sim e não, ou ainda, que exijam mais do que se encontra no texto pronto e sistematizado”.

Foi pensando em tudo isso - no valor das perguntas como motores de engajamento e construção de sentido, e na vontade de ajudar educadores a desenharem boas perguntas com mais intencionalidade - que eu e Daniela Lyra concebemos o infográfico “Pontos Cardeais das Perguntas Disparadoras de Aprendizagem Criativa”, com design de Daniel Galvão.


Embora inspirado nos princípios da Aprendizagem Criativa e nas Dimensões de uma Escola Criativa, o material funciona como uma bússola pedagógica universal: um recurso visual simples para apoiar a formulação de perguntas norteadoras mais potentes, significativas e abertas ao imprevisível, seja qual for a abordagem ativa adotada.

O infográfico é organizado como uma Rosa dos Ventos, com quatro pontos cardeais simbólicos que ajudam a pensar em diferentes dimensões das boas perguntas:

  • Norte: perguntas que despertam curiosidade e conectam com interesses pessoais;

  • Sul: perguntas que incentivam a construção colaborativa do conhecimento;

  • Leste: perguntas que promovem a reflexão e o propósito;

  • Oeste: perguntas que liberam espaço para a experimentação e a criação.

Fonte: Thomas Maker | Design: Daniel Galvão

Cada ponto cardeal traz exemplos reais e sugestões práticas que podem ser usados [e claro, adaptados!] em diversos contextos de ensino. É um convite para fazer do ato de perguntar um momento criativo, intencional e transformador. Esperamos que esse recurso inspire você a explorar com mais liberdade e confiança a arte de perguntar - e que ajude seus estudantes a se engajarem de forma mais autêntica, crítica e curiosa com aquilo que estão aprendendo.

👉 Clique aqui para baixar o infográfico detalhado em PDF!

E aí… Bora fazer perguntas incríveis juntos? 🚀

Ah! E compartilhe com a gente como você tem usado perguntas para transformar suas aulas - vamos adorar ouvir suas ideias!
📲 [@thomasmaker_edu]



Sarah - Maker, 24/Jun/2025